Displasia



Displasia refere-se ao crescimento ou desenvolvimento anormal de células em tecidos ou órgãos. É um termo usado em patologia para descrever células que parecem anormais ao microscópio, mas não são cancerosas. Estas células anormais podem ser um sinal de alterações precoces que podem levar ao cancro, mas a displasia em si não é cancro. Indica um crescimento celular desordenado, mas não canceroso, onde as células ainda não invadiram os tecidos próximos ou se espalharam para outras partes do corpo.

O que causa a displasia?

A displasia é causada por alterações nos genes das células, que podem ser desencadeadas por vários fatores, incluindo inflamação crônica, estimulação hormonal prolongada, infecção por um vírus como papilomavírus humano (HPV), ou exposição a substâncias nocivas, como fumaça de tabaco ou luz ultravioleta. Essas alterações genéticas afetam o modo como as células crescem, se dividem e se organizam, levando à aparência anormal das células.

Displasia e grau

Os patologistas usam diferentes sistemas para dividir a displasia em categorias chamadas graus. O sistema mais comum usa duas classes – nota baixa e nota alta. Em algumas partes do corpo, a displasia é dividida em três graus – leve, moderada e grave. Displasia de baixo grau ou leve significa que as células são apenas ligeiramente anormais, enquanto displasia de alto grau ou moderada a grave indica que as células são muito anormais e se assemelham mais às células cancerígenas.

O grau da displasia é importante porque ajuda os médicos a avaliar a gravidade da doença e a decidir sobre o melhor plano de tratamento. A classificação reflete o quanto as células mudaram em relação ao seu estado normal e saudável. Veja por que a nota é importante:

  1. Risco de progredir para câncer: Quanto maior o grau de displasia, maior o risco de que essas células anormais possam eventualmente se transformar em câncer. A displasia de alto grau ou grave está mais próxima do câncer no nível celular e às vezes é considerada uma condição pré-cancerosa, o que significa que tem maior probabilidade de se transformar em câncer se não for tratada.
  2. Decisões de tratamento: O grau da displasia pode influenciar o tipo de tratamento recomendado pelo médico. A displasia de baixo grau ou leve pode exigir apenas monitoramento regular para ver se progride, enquanto a displasia de alto grau ou grave pode precisar de tratamento mais agressivo, como cirurgia ou outras intervenções, para remover as células anormais e reduzir o risco de câncer.
  3. Monitoramento e acompanhamento: Conhecer o grau da displasia ajuda a planejar o quão próximo uma pessoa precisa ser monitorada. Por exemplo, uma pessoa com displasia de baixo grau ou leve pode precisar de exames de acompanhamento menos frequentes em comparação com alguém com displasia de alto grau ou grave, que pode precisar de exames mais regulares para garantir que a condição não piore.

Sobre este artigo

Os médicos escreveram este artigo para ajudá-lo a ler e compreender seu relatório patológico. Para entrar em contato conosco: com qualquer dúvida sobre este artigo ou seu relatório de patologia. Ler Este artigo para uma introdução mais geral às partes de um relatório patológico típico.

Outros recursos úteis

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