Cromatina

Meu Relatório de Patologia
24 de Setembro de 2023


Cromatina

Cromatina em patologia refere-se ao aparecimento do complexo DNA-proteína dentro do núcleo de uma célula, o que pode fornecer informações valiosas sobre a saúde, função e possíveis anormalidades da célula. A forma como a cromatina é organizada e apresentada pode indicar vários estados de doença, incluindo câncer.

  • Condensado: Este termo sugere que a cromatina parece compactada ou aglomerada. Muitas vezes está associado a células que não estão se dividindo ativamente. Num contexto patológico, a cromatina altamente condensada pode indicar células em apoptose (morte celular programada) ou células em estado dormente.
  • Dispersa/vesicular: Refere-se à cromatina que parece pouco organizada ou distribuída por todo o núcleo. Esse padrão é normalmente observado em células ativas na transcrição (expressão gênica) e é comum em células que se dividem rapidamente. Na patologia, um padrão de cromatina vesicular pode indicar uma elevada atividade metabólica ou proliferativa, frequentemente observada em células tumorais.
  • Marginação: descreve o acúmulo de cromatina contra a membrana nuclear. Pode ser um sinal de estresse celular ou apoptose. A margem às vezes é descrita como limpeza da cromatina.
  • Hipercromática: Quando a cromatina parece mais escura que o normal ao microscópio, ela é descrita como hipercromático. Isto pode indicar uma alta concentração de DNA, frequentemente observada em células cancerígenas devido ao aumento do conteúdo de DNA ou ao empacotamento anormal da cromatina.
  • Hipocromática: Em contraste, a cromatina hipocromática parece mais clara, indicando um menor conteúdo de DNA. Isso pode ser observado em células com perda ou dano de DNA.
  • Aglomeração de cromatina: Este termo é usado quando a cromatina se agrega em aglomerados distintos dentro do núcleo. Pode sugerir ciclos celulares irregulares e é frequentemente observado em células envelhecidas ou expostas a agentes tóxicos.
  • Granular fino: Descreve a cromatina que tem aparência finamente granulada, indicativa de distribuição uniforme. Esta pode ser uma característica de células normais ou de certos tipos de células cancerígenas, dependendo do contexto e de outras características nucleares.

A importância destes termos reside na sua capacidade de fornecer pistas sobre o estado da célula. Por exemplo, alterações na organização da cromatina podem sinalizar a presença de transformações cancerígenas, a resposta ao tratamento ou a progressão de certas doenças. Os patologistas utilizam estas observações, juntamente com outras características histológicas, para diagnosticar e compreender o comportamento de várias doenças a nível celular.

Sobre este artigo

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